quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Economia verde cria milhões de empregos no Brasil e no mundo, afirma estudo da OIT


Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançado nesta sexta-feira (15 de fevereiro) afirma que, em países com diferentes níveis de desenvolvimento, a transição para uma economia mais verde e sustentável criou milhões de postos de trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, o emprego em bens e serviços ambientais foi de 3,1 milhões em 2010. No Brasil, 2,9 milhões de postos de trabalho foram registrados em áreas dedicadas à redução dos danos ambientais, no mesmo período.
Os números em diversos países mostram que o argumento de que a transição para uma economia mais verde impactará negativamente o nível de emprego tem sido geralmente exagerado. “De fato, são os países em desenvolvimento que podem se beneficiar da criação de empregos em áreas de tecnologias limpas e energias renováveis”, afirma o estudo, intitulado “O desafio da promoção de empresas sustentáveis na América Latina e no Caribe: Uma análise regional comparativa”.
Países como México e Brasil estão liderando a adoção de medidas para lidar com as questões ambientais, especialmente em estratégias nacionais de crescimento com baixo carbono, indica o documento.
Um estudo do Banco Mundial no Brasil citado pela publicação da OIT afirma que a redução, até 2030, das emissões de carbono em mais de um terço é compatível com o crescimento do PIB e da economia. O estudo afirma que “o País tem grande oportunidade de mitigar e reduzir suas emissões de carbono em setores como agricultura, energia, transporte e gestão de resíduos, sem afetar negativamente o crescimento econômico”.

‘Problemas endêmicos’ inibem desenvolvimento das empresas sustentáveis

A Organização recomendou aos países da região que enfrentem os “problemas endêmicos” que inibem o desenvolvimento das empresas sustentáveis, como os relacionados com a alta informalidade e baixa produtividade, no âmbito dos esforços que são realizados para gerar mais e melhores empregos.
“Sem empresas sustentáveis não haverá trabalho decente e sem trabalho decente não haverá empresa sustentável”, advertiu a Diretora da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco, ao participar da apresentação do relatório na sede da União Industrial Argentina (UIA). Na apresentação, estiveram presentes Daniel Fuentes de Rioja, vice-presidente da Organização Internacional de Empregadores (OIE), e Brent Wilton, Secretário-geral da OIE.
O relatório afirma que o setor privado gera cerca de 200 milhões de empregos na América Latina e no Caribe, o equivalente a 79% do total de postos de trabalho disponíveis, através de 59 milhões de unidades produtivas, ainda que a grande maioria destas unidades – cerca de 48 milhões – sejam empreendimentos unipessoais.
Existem 11 milhões de negócios ou empresas de diversos tamanhos que contratam trabalhadores na região, das quais 2,5 milhões têm mais de 6 trabalhadores, acrescenta o documento.

Degradação ambiental também é risco para o desenvolvimento econômico

O documento da OIT alerta que a América do Sul foi uma das regiões com a maior perda líquida de florestas entre os anos 2000 e 2010, com 4 milhões de hectares perdidos a cada ano, de acordo com dados compilados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
“Este fato é extremamente grave, dada a importância das florestas para a conservação dos ecossistemas e da biodiversidade, e também por sua grande contribuição para o PIB de países como Brasil, México, Guiana, Paraguai, Bolívia e Chile. A exploração insustentável, portanto, representa não apenas graves riscos ecológicos, mas também econômicos”, aponta o documento.
O relatório lembra, no entanto, que várias políticas têm sido implementadas para reduzir o impacto ambiental do setor privado. “Alguns países fizeram progressos rumo à criação de incentivos para a produção limpa, gestão sustentável dos recursos naturais e investimentos em energia renovável, embora sejam experiências muitas vezes ainda incipientes.”
O documento aponta no entanto alguns exemplos relevantes sobre os incentivos para a gestão de resíduos sólidos. Na Colômbia, recicladores tradicionais recicladores foram reconhecidos como empreendedores. O documento cita ainda a recente Lei de Saneamento Básico no Brasil, que regula a coleta, tratamento e destino final dos resíduos.
O relatório lembra que o Brasil produz 161 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos e, embora a cobertura de coleta seja de 97%, muitos destes têm um alvo inadequado. “A finalidade da lei é promover a responsabilidade partilhada e criar incentivos econômicos para atividades de reciclagem e resíduos com o destino apropriado.”

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Carnaval Ecológico!


O Carnaval já chegou em várias cidades brasileiras! Hora de descontrair e brincar, mas sem descuidar do Planeta.  O feriado, as viagens e as festas acabam representando um gasto maior de combustível, de eletricidade, de fantasias e, é claro, de bebidas. Na quarta-feira de cinzas, tudo isso deixa muito mais que saudades; deixa um monte de resíduos e uma conta ambiental alta.
Para minimizar estes riscos, muitas iniciativas estão acontecendo pelo país. Por exemplo, a Central do Carnaval, na Bahia, criou um logo (acima) e lançou campanhas para engajar as pessoas em atitudes simples, mas imprescindíveis, como jogar o lixo no lixo e o uso racionalizado de papel, eletricidade e água.
Instituto Akatu elaborou 10 dicas para você curtir o carnaval sem peso na consciência:
1. Produza menos lixo

Evite embalagens desnecessárias e o uso de descartáveis. Para você ter uma ideia de como o Carnaval produz lixo adicional ao usual, só na cidade de Salvador são recolhidas 1.500 toneladas a mais de lixo nos 6 dias de festas. Isto gera um alto custo extra de coleta para as prefeituras, pago com recursos públicos.

2. Jogue o lixo no lixo 
No Carnaval, o lixo acumulado nas ruas entope os bueiros e aumenta o risco de enchentes. Nas estradas, os detritos jogados nos acostamentos agridem e colocam em risco o meio ambiente e os animais. Portanto, no carnaval, mais do que nunca, jogue o lixo exclusivamente no lixo.


3. Reutilize as fantasias

As fantasias de Carnaval são usadas, em geral, apenas por um dia. Que tal reutilizá-las, trocá-las com amigos ou reformá-las?

4. Evite excessos 
O consumo excessivo de bebidas é responsável pela maioria dos acidentes e pelos altos níveis de violência no Carnaval. Não passe da conta, consuma bebidas e alimentos com moderação, protegendo a sua saúde e a de todos.


5. Seja um turista consciente

Se você for viajar no Carnaval, procure minimizar os impactos ambientais de sua viagem. Regule bem o carro, calibre os pneus, respeite os costumes dos lugares visitados e prestigie a cultura e a economia locais.


6. Gaste menos combustível

Prefira transportes com menor consumo de combustível fóssil. Entre o avião e o carro, prefira o carro. Entre o carro e o ônibus, fique com o coletivo. Aproveite os dias livres para andar de bicicleta e a pé.

7. Tire os equipamentos da tomada

Antes de viajar, não se esqueça de tirar os aparelhos elétricos e eletrônicos da tomada, tais como TV, DVD, micro-ondas e carregador de bateria. O modo “stand-by”, que fica acionado quando o aparelho está desligado, mas conectado à rede elétrica pela tomada, é responsável por até 25% da energia consumida por esses equipamentos.

8. Economize água

O Carnaval é a época em que muitas cidades, em especial as turísticas, enfrentam sérios problemas de abastecimento de água em função do aumento excessivo de consumo. Portanto, redobre os cuidados. Evite as brincadeiras que implicam em desperdício, tome banhos mais curtos e desligue o chuveiro caso demore ao se ensaboar ou aplicando cremes nos cabelos.

9. Aproveite a cidade vazia

Se sua cidade não for destino de foliões e se você não for viajar, aproveite a tranquilidade e o tempo livre em atividades que não custam dinheiro e não consomem recursos naturais: caminhadas, visitas a parques, museus e centros culturais, ou maior convívio com a família.
10. Divulgue o consumo consciente
Durante o Carnaval, se você presenciar casos de desrespeito a estas dicas do Akatu, não hesite em orientar as pessoas. Sempre que tiver oportunidade, divulgue com simpatia e calma os princípios do consumo consciente. Contribua para que o Carnaval seja, cada vez mais, uma época de alegria, paz e harmonia com o planeta!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Bloco 'Vagalume, o verde' faz o Carnaval sustentável

Por: Fernanda Portugal

 Abram alas para um Carnaval sustentável! O bloco ‘Vagalume, O Verde’ pede passagem, com fantasias e alegorias elaboradas com material reciclável, coleta seletiva de lixo durante o desfile e até o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica após a festa. Parte do Projeto Carnaval + Rio, apoiado pela Ambev e Sandálias Ipanema, o bloco desfila na terça-feira de Carnaval, dia 12 do mês que vem, na Rua Jardim Botânico.
“O cocar indígena que estamos produzindo para os cem integrantes da bateria, por exemplo, é elaborado a partir de embalagens tetrapak e sobras de tecido”, explica Rodrigo Rezende, presidente da Liga dos Amigos do Zé Pereira, criada este ano dentro do Projeto Carnaval + Rio. O vagalume símbolo do bloco também é construído com materiais recicláveis, mas os detalhes são “surpresa”, brinca Rodrigo.


ATÉ CIGARROS VÃO SER RECICLADOS
A coleta de lixo durante o desfile será realizada através da parceria com a Cooperativa de Catadores - CCOPRJ. Uma outra parceria, com a empresa Bituca Verde, promoverá uma ação distribuindo ‘porta-bitucas’ para o folião fumante descartar as ‘guimbas’ de cigarros. Desta forma, será dada destinação adequada ao resíduo, transformando-o num produto reciclável.
‘Vagalume, O Verde’ terá, ainda, espaço adequado para foliões idosos, crianças e com necessidades especiais. Além dos banheiros químicos já existentes, haverá três para pessoas com dificuldades.
O enredo de 2013 será “O jardineiro fiel”, com repertório em homenagem a grandes sambistas, como João Nogueira, Nelson Cavaquinho, Geraldo Pereira, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Nei Lopes, Candeia, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra entre outros.
E após o Carnaval, para neutralizar as emissões de carbono no ambiente, voluntários e moradores locais ajudarão no plantio de mudas doadas pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio. A ação será realizada em áreas previamente autorizadas, sob orientação de profissional. Informações a partir de março: vov@vum.org.br.

 Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/vidaemeioambiente/bloco-vagalume-o-verde-faz-o-carnaval-sustent%C3%A1vel-1.543895

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Lixo Extraordinário - A busca pela dignidade e pela cidadania!

Lixo Extraordinário é um documentário, lançado em 2009, produzido pelos diretores brasileiros João Jardim e Karen Harley e pela diretora britânica Lucy Walker, com participação na produção-executiva do diretor Fernando Meirelles e na trilha sonora do produtor de música eletrônica Moby.[1]
O documentário relata o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros controlados do mundo, localizado no Jardim Gramacho, bairro periférico de Duque de Caxias.



Fuente: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lixo_Extraordin%C3%A1rio