terça-feira, 25 de junho de 2013

Apenas 60% do lixo do Brasil terá destino correto em 201

Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável 


Estimativa da Abrelpe garante que, se o Brasil não acelerar o ritmo das mudanças no setor de gestão de resíduos sólidos, cerca de 40% do lixo produzido pela população continuará a ser descartado de forma incorreta em 2014, quando vence o prazo dado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para que as cidades acabem com os lixões


Marcello Casal Jr./Abr
A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apresentou estimativa que revela que o Brasil ainda deixa muito a desejar quando o assunto é a gestão de resíduos sólidos.

Segundo a avaliação, o país avança lentamente no setor e, se não acelerar o ritmo, terá apenas 60% de seu lixo sendo destinado corretamente em 2014 - ano em que, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), todos os municípios brasileiros deveriam estar com seuslixões desativados e substituídos por aterros sanitários.

Ainda segundo a estimativa da Abrelpe, no ritmo em que está, o Brasil só vai conseguir universalizar a coleta de resíduos urbanos em 2020 ou mais. "A perspectiva da Abrelpe leva em conta as médias nacionais de gestão de resíduos. O Brasil é um país continental e as diferenças regionais são gritantes nesse setor, o que significa que o processo de universalização da coleta de resíduos urbanos pode atrasar ainda mais", explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Associação.

Divulgado em maio, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 apontou que o país deu destino incorreto a quase 24 milhões de toneladas de lixo no ano passado, o que equivale a 168 estádios do Maracanã lotados

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/lixo-brasil-destino-incorreto-2014-lixoes-residuos-solidos-743246.shtml
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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Coleta seletiva deve chegar a 104 bairros do Rio neste ano


Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou hoje (5), Dia do Meio Ambiente, os novos caminhões e garis que serão usados para tentar levar a coleta seletiva na cidade a 5% do lixo aproveitável ainda neste ano. A meta é inaugurar três centrais de triagem e levar o serviço a 104 bairros em 2013.
Atualmente, 44 bairros cariocas contam parcialmente com a coleta seletiva, que atinge 1,4% do lixo reciclável. Como aAgência Brasil já havia antecipado, em 2016, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) quer aumentar esse percentual para 25%. Com os novos caminhões, de cor azul, e os garis contratados para se dedicarem exclusivamente a esse serviço, esses bairros ficarão totalmente cobertos ainda neste mês, segundo o Executivo muncipal. "A prefeitura e a Comlurb deviam isso à cidade", disse o prefeito Eduardo Paes.
Ao todo, serão 144 novos garis e 24 novos caminhões dedicados à coleta seletiva, que será ampliada de pouco de 2 mil para 9,5 mil ruas da cidade, envolvendo 2,6 milhões de habitantes, de um total de 6 milhões. Dos novos garis, 85% serão mulheres.
O prefeito do Rio destacou que é necessário o engajamento da população e disse que, em seu primeiro mandato, concentrou-se em extinguir o Lixão de Gramacho, que ficava em Duque de Caxias e recebia grande parte do lixo da cidade, que agora tem como principal destino o Aterro de Seropédica. A coleta seletiva no Rio tem financiamento de R$ 22 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciado em 2011.
"A gente perdeu muito tempo. Eu dediquei meu primeiro governo a acabar com a vergonha maior que era o Lixão de Gramacho às margens da Baía de Guanabara. Agora, depois de ter organizado o destino final do nosso lixo, [vamos] olhar para o futuro e ter coleta seletiva como uma cidade com um ativo ambiental que o Rio tem", acrescentou o prefeito. Ele disse que, por causa desse atraso, as metas precisam ser ousadas.
Cada caminhão contará com um palmtop em que serão registradas informações sobre a coleta, como a adesão dos moradores. Quem não aderir será notificado uma primeira vez, por meio de um selo que será colado ao saco de lixo, que não será recolhido. Na segunda notificação, um agente da Comlurb fará uma visita de conscientização, explicando detalhes do projeto e advertindo que, na terceira, haverá multa, cujo valor ainda está em estudo. Os palmtops estão em fase de teste e devem começar a ser usados em julho.
Um sistema informatizado vai monitorar a coleta e o processamento do lixo nas centrais de reciclagem, gerando informações como a economia de água e de energia e a redução nas emissões de gás carbônico.
Para trabalhar nas centrais de reciclagem, catadores de 28 cooperativas serão capacitados pelo Serviço Nacional de Aprendizado e Cooperativismo (Sescoop), com aulas práticas e teóricas que devem começar em julho e durar dois meses. Além de instruções como operar as máquinas da central, os alunos aprenderão noções de gestão, contabilidade e segurança no trabalho focadas em cooperativas. Até 1,5 mil catadores devem ser preparados, sendo até 500 neste ano, para atuar nas três centrais previstas para serem inauguradas até dezembro.
A primeira a entrar em funcionamento será a de Irajá, que já está pronta. Gamboa, Penha, Bangu, Campo Grande e Vargem Grande também receberão centrais de triagem, totalizando seis.
Edição: Juliana Andrade

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Cartão-postal ou imagem ruim na Copa das Confederações?


Teremos estádios lotados na Copa das Confederações, considerando a grande venda de ingressos, muito superior à verificada na última edição dessa competição, realizada na África do Sul, em 2009. No final de maio, já haviam se esgotado, por exemplo, as entradas para a partida final, a ser disputada no novo Maracanã, no Rio de Janeiro. E isso sem sequer existir a certeza dos torcedores de que a Seleção Brasileira será finalista. 
Será muito importante para o Brasil o sucesso de público do torneio, mas também em todos os outros indicadores, como limpeza pública, segurança, infraestrutura, transportes, hospedagem e mobilidade dos torcedores e turistas. Afinal, estaremos testando na presente competição a nossa capacidade de promover com eficácia a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, e outros grandes eventos, como a Expo Mundial 2020, cuja realização é pleiteada pela cidade de São Paulo. 
Arenas esportivas com capacidade esgotada também significam movimento positivo para hotéis, restaurantes, companhias aéreas, empresas de turismo, táxis, prestadores de serviços e comércio. Afinal, são numerosos os visitantes de outros países e também brasileiros, que viajarão às cidades sedes para assistir aos jogos. 
A pergunta fundamental é a seguinte: o que oferecemos a essas pessoas? Cartões-postais para que continuem atraídas pelo turismo nacional, ou uma imagem ruim, de modo que os estrangeiros jamais voltem e os brasileiros prefiram viajar ao exterior ao invés de conhecerem melhor o seu próprio país? São muitas as vertentes de respostas a essas perguntas, a começar pelo combate à violência, que nos rendeu desabonadora visibilidade na imprensa internacional e nota de alerta da União Europeia, devido ao inaceitável estupro de uma turista estrangeira numa van do transporte público carioca. 
Mobilidade, incluindo aviões, trens, metrô, ônibus e trânsito fluente, segurança pública e salubridade ambiental são alguns dos itens essenciais para encantarmos os visitantes. No entanto, nesses quesitos estamos exatamente como a Seleção Brasileira, ou seja, perdendo, e, quando muito, empatando... 
O mais grave é que temos desperdiçado chances de gol daquelas que não podem ser perdidas. Refiro-me, especificamente, à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Seu cumprimento seria um grande avanço no sentido de melhorar o meio ambiente e a aparência do meio urbano, a começar com a execução da medida que prevê a erradicação dos lixões em 2014. 
Pois bem, com lei aprovada e metas definidas, estamos prestes a dar um grande chute pra fora, na cara da Copa das Confederações e às vésperas da Copa do Mundo: segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ainda há no Brasil 2.906 lixões, em 2.810 cidades, ou seja, mais da metade de nossos municípios, e apenas cerca de 20% deles realizam a coleta seletiva. Se formos cumprir a lei que instituiu a PNRS, o prazo fixado para sua eliminação é agosto do próximo ano. 
Temos lei, conhecimento e tecnologia, inclusive desenvolvida pelas empresas que atuam no setor de resíduos sólidos. É preciso que a lei seja cumprida. Alega-se, de um lado, que são necessários recursos vultosos — aproximadamente R$ 70 bilhões — para a erradicação dos lixões. Ora, não temos quebrado sucessivos recordes anuais de arrecadação tributária? Ademais, a boa gestão desses projetos possibilitaria o desembolso programado, ao longo de alguns anos e não o pagamento à vista. 
A sociedade precisa cobrar o cumprimento das leis e dos prazos estabelecidos por elas. Se são necessárias parcerias público-privadas para trens, metrôs, aeroportos e obras de infraestrutura, também o são para a erradicação dos lixões, que contam com o setor privado mas dependem do setor público, representado pela vontade política da União, estados e municípios e uma boa gestão de projetos. Temos oportunidade histórica de quebrar o paradigma de desrespeito ao marco legal e, ao mesmo tempo, avançar de modo significativo na qualidade ambiental do meio urbano. Não podemos perder esse gol! 
 *Ariovaldo Caodaglio, cientista social, biólogo, estatístico e pós-graduado em meio ambiente, é presidente do Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo).

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Hoje, no dia do Meio Ambiente celebramos!





Hoje, no dia do Meio Ambiente celebramos a participação da Vamos Unir o Mundo e da CCOPRJ na V Semana do Meio Ambiente do Tribunal Regional Federal da 2ª região. Foi um prazer participar de uma iniciativa tão bacana.
Estamos dando os primeiros passos e o poder público começa a entender a importância da ecologia; e de ações como a coleta seletiva, palestras educativas e a difusão de boas praticas no dia a dia que cuidam o meio ambiente.
Estamos agradecidos em poder ter participado da V Semana do Meio Ambiente do Tribunal Regional Federal da 2ª região e estamos abertos a convites de outras entidades e ONGs que desejem expandir o conhecimento sobre a preservação e a educação ambiental.

Fica a foto do nosso querido Palestrante Hugo Camarate!

 Vamos Unir o Mundo e a CCOPRJ a favor da ecologia!