Por Andrea Mieko | Publicado originalmente no Greenstyle
O Natal está chegando e muitos estão se preparando para comemorar essa data tão especial. Montar a árvore, pendurar a guirlanda na porta, iluminar a janela com pisca-pisca e decorar a casa com enfeites natalinos é uma tradição.
O que é novidade para muita gente é que essa decoração toda pode ter um toque de sustentabilidade.
No ano passado, publicamos uma matéria com 8 dicas para um Natal sustentável e outra sobre a escolha mais ecológica entre uma árvore natural ou artificial. Mas este post será dedicado exclusivamente para enfeites de Natal que podem ser feitos com vários tipos de materiais recicláveis que você pode ter em casa. Veja e inspire-se!
Guirlandas
Esta é uma guirlanda feita com rolhas de vinho. No site de Thoni Litsz, o arquiteto ensina como fazer uma. Basta uma base redonda de MDF ou de papel grosso, uma pistola de cola quente, enfeites como bolas e fitas, e claro, muitas rolhas de vinho! Clique aqui para ver o passo a passo.
Já a ideia desta é super simples: basta pintar alguns prendedores velhos e prendê-los em um pedaço de arame com miçangas entre eles. O resultado ficou lindo, não acha? Você pode ver o passo a passo aqui. Já este blog fez uma guirlanda com pregadores revestidos com tecido. Uma graça!
Que tal uma guirlanda da era digital! Improvise uma estrutura circular e cole as peças de tamanhos e formas variadas para deixar esse enfeite bem high tech! Se tiver restos de outros equipamentos eletrônicos, também servem.
Decore o quarto das crianças com esta guirlanda feita com balões coloridos! Para ser realmente sustentável, o ideal é usar balões estourados, usados em um aniversário, por exemplo. Se comprar balões novos, tente não estragá-los ao fazer a guirlanda, para que seja possível enchê-los na próxima festinha! O objetivo é reaproveitar materiais e evitar o desperdício e o descarte.
Sabe aqueles pedaços de papel que sobraram na hora de embrulhar os presentes? Recorte-os em formato de folhas para fazer esta linda guirlanda! Este blog ensina a fazer os recortes, além de mostrar outras fotos de guirlandas feitas com papel de revista.
Árvore de natal
Olha que incrível esta árvore de natal! Ela foi feita com mais de 400 latinhas de alumínio e canos de pvc na estrutura. Os criadores levaram quatro dias para montar e decorar, além de criar o efeito de iluminação. Bem legal.
Este é um modelo bem simples e rústico. Você pode usar pedaços de madeira de demolição ou restos de construção. Para enfeitar, abuse de cores e acessórios fofos para dar vida à sua árvore.
Você tem uma prateleira cheia de livros e não quer gastar dinheiro com uma árvore de natal? Monte uma árvore de livros como esta e enfeite com bonequinhos, flocos de neve e a tradicional estrela dourada na ponta! Árvore mais cult que esta não tem!
Veja que criatividade esta árvore feita com garrafas de vidro! A ideia é usar diversas peças de vidro circulares para servir de base para esta pirâmide de garrafas. Se tiver crianças, pense duas vezes antes de montar uma dessa na sua sala de estar! E mesmo que não tenha, é recomendado usar adesivo.
Esta aqui é fácil e qualquer um pode fazer. É só cortar os papéis em quadrados de vários tamanhos diferentes. Depois é só furá-los e colocar em uma agulha de tricô com uma base meia-lua de isopor. Neste site você pode ver um vídeo de como fazer uma árvore de papel.
Estas aqui são clássicas. Está sem tempo para fazer a decoração natalina? Pegue uma revista e dobre todas as páginas para fazer uma mini árvore do natal! Mesmo que você não tenha nenhuma habilidade para fazer artesanato, vai achar super fácil fazer uma dessa. Neste site você encontra o passo a passo.
Outros enfeites natalinos
Estas bolas de luz realmente conseguiram fazer um efeito incrível. Imagine algumas delas na sua varanda? O mais legal é que são feitas com o fundo de garrafas PET! Bem criativo, não?
Espalhe velas pela casa pra criar o clima natalino. Estes castiçais foram feitos com garrafas PET. Veja mais ideias neste site.
Estes enfeites fofinhos foram feitos com lâmpadas queimadas e um pouco de habilidade com pintura! Veja mais ideiasneste site aqui.
Chegou a hora de reaproveitar aquela calça jeans velha que não tem mais como ser usada por ninguém! Use um molde pra recortar o jeans e fazer essa meia super estilosa. Abuse de retalhos e bordados para deixá-la com a cara do Natal.
Livro mostra estudos de experimentos sobre hortas urbanas e periurbanas
O projeto iniciado em 2004 por uma equipe de pesquisadores da Embrapa
Hortaliças (Brasília-DF),e resultou na publicação de três livros que
relatam as experiências vivenciadas em torno da implantação de hortas
urbanas – também chamadas de periurbanas ou comunitárias. "O objetivo
principal dessas publicações foi contar a história dos projetos de
hortas urbanas, abordando aspectos positivos e negativos, do ponto de
vista econômico, social e ambiental", resumiu a pesquisadora Flávia
Alcântara, editora técnica das publicações, juntamente com a
pesquisadora Marina Castelo Branco. Segundo Flávia, o último volume
conclui a experiência, e fecha a trilogia.
O "caçula" dos três
tomos, lançado no início de 2012, tem um ingrediente a mais, já que além
da experiência no Brasil mostra diferentes formas de cultivo urbano de
hortaliças em várias cidades dos Estados Unidos. Flávia explica que com
relação aos canteiros comunitários daquele país não houve o intuito de
fazer comparações, apenas complementar o histórico que permeou as duas
edições anteriores. "A pesquisadora Marina aproveitou o período em que
precisou desenvolver um trabalho por lá e registrou sua passagem com
fotos e relatos sobre o que presenciou, incluindo características
sociais das pessoas envolvidas com as hortas", observou.
Conforme explicita o pesquisador Ivan Sérgio de Sousa, que fez a
apresentação do último volume da série, esse trabalho "traz estudos que
focalizam a horticultura urbana e periurbana no estado de São Paulo, a
experiência realizada por organizações não governamentais, a horta
urbana em Santo Antônio do Descoberto (Distrito Federal), a segurança
alimentar e nutricional do Submédio São Francisco e as hortas
comunitárias nos Estados Unidos. Neste livro, a vivência de hortas
comunitárias é estudada de forma a destacar não apenas suas
caraterísticas próprias e distintivas, como também aqueles aspectos
generalizáveis a outras experiências". VOLUMES I E II
No primeiro livro, lançado em 2007, é descrita a experiência de uma
horta comunitária implantada, com apoio da Embrapa Hortaliças, em Santo
Antônio do Descoberto, cidade goiana localizada a 50 km de Brasília.
Nessa obra, os pesquisadores envolvidos dimensionam algumas variáveis,
desde a parte referente à alimentação das famílias até a incidência de
pragas e doenças nas plantas cultivadas.
O segundo foi lançado
em 2008 e aborda outras iniciativas similares conduzidas nas cidades do
Novo Gama e Abadia de Goiás (GO) e Teresina (PI). A publicação também
conta com a participação da técnica agrícola Diana Gomes Lopes e da
assistente social Sandra Santana, da Secretaria de Agricultura de Goiás,
e das professoras Juliana Portela e Maria do Socorro Lira, da
Universidade Federal do Piauí.
De acordo com Flávia Alcântara, o
trabalho finalizado em 2012 disponibiliza a formuladores de políticas
públicas resultados desses experimentos conduzidos pelos pesquisadores
que podem servir para subsidiar programas de governo. "As iniciativas
que procuram fomentar maior consumo de hortaliças na dieta alimentar dos
brasileiros encontrarão nos três volumes importantes contribuições para
desenvolver projetos nesse sentido", exemplifica a pesquisadora.
Os interessados podem solicitar exemplares, com preço unitário de R$
20,00, através do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa
Hortaliças, pelo telefone (61)3385-9110 ou pelo correio eletrônico sac.hortaliças@embrapa.br
A borracha é a matéria-prima principal para a fabricação de pneus,
eles se dividem em dois tipos: a borracha natural, proveniente da seiva
da seringueira (uma árvore de grande porte, nativa da Amazônia); e a
borracha sintética, proveniente do petróleo. A borracha sintética é
similar à natural, mas não possui a mesma resistência ao calor.
No Brasil, grande parte da borracha fabricada se destina para a
fabricação de pneus, cerca de 70% do total. O restante é destinado para a
indústria de calçados, instrumentos cirúrgicos, etc.
O tempo de decomposição dos pneus ainda é classificado como não
determinado, provavelmente são necessários centenas de anos para um pneu
inservível desaparecer, por isso, a sua destinação final se tornou um
grande problema ambiental para o mundo todo.
Na Holanda, segundo um estudo realizado pela Universidade de Vrije,
revelou que em todo o mundo são fabricados cerca de 2 milhões de pneus
novos por dia, uma média de 730 milhões de pneus ao ano. Pra se ter uma
ideia, no Brasil, são 17 milhões de pneus descartados ao ano.
Diversos artefatos podem ser feitos com a reutilização dos pneus,
por exemplo: asfalto para a pavimentação de vias; gramas artificiais de
quadras esportivas, reutilização industrial da borracha, etc. Outra
forma de recuperação é a chamada recauchutagem, neste processo um pneu
velho é recuperado, prolongando sua vida útil.
Dica: Procure no nosso mapa o ponto de coleta mais próximo de você e
destine seu pneu para a reciclagem. Afinal, não queremos deixar de
herança pra os jovens montanhas de pneus, não é mesmo!?
Fonte: Reciclanip http://www.reciclagemnobrasil.com.br/reciclagem-de-pneu
O lixo é uma fonte de riquezas. As indústrias de reciclagem produzem
papéis, folhas de alumínio, lâminas de borracha, fibras e energia
elétrica, gerada com a combustão.
No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia.
O Brasil é considerado um grande "reciclador" de alumínio, mas ainda
reaproveita pouco os vidros, o plástico, as latas de ferro e os pneus
que consome.
A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por
dia, com este lixo, em uma semana dá para encher um estádio para 80.000
pessoas.
Se toda água do planeta coubesse em um litro, a água doce corresponderia a uma colher de chá.
Somente 37% do papel de escritório é realmente reciclado, o resto é
queimado. Por outro lado, cerca de 60% do papel ondulado é reciclado no
Brasil.
Um litro de óleo combustível usado pode contaminar 1.000.000 de litros de água.
Menos de 50% de produção nacional de papel ondulado ou papelão é
reciclado atualmente, o que corresponde a cerca de 720 mil toneladas de
papel ondulado. O restante é jogado fora ou inutilizado.
Pesquisas indicam que cada ser humano produz, em média, um pouco
mais de 1 quilo de lixo por dia. Atualmente, a produção anual de lixo em
todo o planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas.
Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras:
O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por
dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo
IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade
desse volume, ou 125 mil toneladas diárias.
Do total de
resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300
toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta
seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os
dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao
ambiente.
Mudar esse cenário envolve a redução de padrões
sociais de consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem,
conforme a "Regra dos Três Erres" preconizada pelos ambientalistas.
A idéia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro
e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e
aumentar a vida útil dos aterros.
Tempo de decomposição dos resíduos
Caso não haja coleta seletiva em seu bairro ou condomínio, procure as
cooperativas de catadores e os Postos de Entrega Voluntária (PEVs).
O Grupo Pão de Açúcar também possui pontos de coleta nos supermercados
em todo o país. A iniciativa está sendo ampliada para outras bandeiras
do grupo, como a rede Extra.
Coleta seletiva: veja abaixo quais resíduos podem ser reciclados
A descoberta do vidro é bem antiga, os primeiros registros datam de
5000 a.C. Contam as lendas que o vidro foi descoberto acidentalmente,
quando mercadores fenícios, ao fazerem uma fogueira na beira da praia,
perceberam que o fogo transformou a areia do chão num líquido
transparente, ao resfriar, esse líquido se transformou num material bem
resistente, assim surgia o vidro.
Posteriormente, 100 a.C., os romanos já produziam vidro por
técnicas de sopro em moldes, para confeccionar suas janelas, vasos e
copos. Desde então, o vidro tem acompanhado a humanidade, sempre
presente nas residências: nas janelas que conferem luminosidade às
construções; como também nos utensílios, como taças, jarras, pratos,
dando muito charme às cozinhas.
O vidro é feito da fusão de alguns compostos inorgânicos,
principalmente areia, e por isso é uma embalagem segura, pois conserva
os alimentos com todos os seus nutrientes. Além de manter a qualidade do
produto, aumenta o seu prazo de validade e diminui o uso de
conservantes, também pode ser levado ao micro-ondas com segurança
(porque não libera disruptores endócrinos, para saber mais sobre isso, leia a reportagem), e não interfere nem sabor nem no cheiro dos alimentos.
No Brasil, a reciclagem de vidro cresce a cada ano, hoje, cerca de
40% do vidro produzido é reciclado, e 25% é reutilizável – pois são de
garrafas retornáveis. O vidro é também o único material 100%
reciclável, ou seja, 1kg de vidro pode ser reciclado infinitas vezes,
resultando em 1kg de vidro com as mesmas características.
Dica: Prefira sempre utilizar vasilhames de vidro pra guardar
alimentos, elas são mais seguras e preservam os alimentos com maior
qualidade.
A placa ecológica pode ter inúmeras utilidades como construção
de canteiros de obras, fechamento de obras, tapumes, bandejas de obras,
divisórias, outdoors, forros, caixas para transporte entre outras.
Anti-mofo, anti-fungo, não trincam, não quebram, impermeáveis, 100% recicláveis não propagam chamas (fogo), são flexíveis e não deformam, possuem alta resistência (150 kg p/m²), semi-acústicas,
não propagam som, podem ser cortadas em todos os sentidos e a fixação
pode ser com pregos ou parafusos, funcionam também como isolantes
térmicos – retém até 87% da temperatura externa - economizam 26%de energiaelétrica. A PLACA ECOLÓGICA TETRA PAK
pode ser utilizadas para múltiplos fins e substituindo com muitas
vantagens os compensados e madeirite (de madeira). Os produtos são
qualificados através de Laudos Técnicos de ensaios de durabilidade,
impermeabilização, resistência e mecânica.
Tamanhos Disponíveis
As placas possuem um tamanho padrão que é de 2,20 x 1,10 m.
Sua espessura pode ser de 6mm, 8mm, 10mm ou 12mm.
Placa Ecológica Tetra Pak
A importância de utilizar as placas ecológicas tetra pak
Por ser produzida a partir da reciclagem de embalagens, de tetra pak a
placa Ecológica é um produto com diversas vantagens técnicas, além dos
benefícios Ecológicos. A reutilização de material reciclável está
trazendo nova alternativa para a construção civil. Um exemplo bem
sucedido de reciclagem ocorre com as embalagens do leite de caixinha.
Mas a principal vantagem é o beneficio ambiental, já que a telha é feita
com materiais para os quais os destinos mais comuns seriam os lixões ou
aterros sanitários. Estima-se que, dos 6 bilhões de embalagens de longa-vida produzidas por ano no pais, menos de 14%são reaproveitadas. A natureza leva até 180 anos para decompor, em função do plástico (20% da composição) e alumínio (5%).
Portanto utilizar na construção habitacional e utensílios domésticos
pode ser uma ótima alternativa de reaproveitamento deste material.
O Programa Ressoar é uma revista eletrônica do Terceiro Setor. Nesta
matéria Chris Flores conversa com Fernando von Zuben, da Tetra Pak, em
dos projetos do Instituto Ressoar, a Casa do Fazer, que é um centro de
reciclagem, capacitação pessoal e profissional no Itaim Paulista. A Casa
do Fazer utiliza telhas recicladas a partir de caixinha de leite do
tipo longa vida. Na conversa com Fernando ele explica o processo de
fabricação das telhas. O Programa Ressoar é exibido na Record News todos
os sábados.
Embaixadores da Boa Vontade do PNUMA. Video: Divulgação.
O Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA), dia 5 de junho, inspira várias ações para você se engajar. É uma data de extrema relevância para as Nações Unidas,
na qual é possível estimular conscientização e promover ações globais
em prol do meio ambiente, seja com iniciativas coletivas ou individuais,
que, consequentemente, impactarão positivamente em nossas vidas.
Em apoio à escolha da ONU de 2014 ser o Ano Internacional dos
Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, o Dia Mundial do Meio
Ambiente deste ano usará o mesmo tema, com foco no tema mudança
climática. Ação online
Os Embaixadores da Boa Vontade, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA),
incentivam organizações e indivíduos do mundo todo a escolher um time e
participar do Dia Mundial do Meio Ambiente. O desafio, chamado Wed
Challenge, é ver quem acumula o maior número de compromissos para o Dia
Mundial do Meio Ambiente de 2014.
A top model Gisele Bündchen, os atores Ian Somerhalder e Don Cheadle,
e o jogador de futebol Yaya Touré são os embaixadores que participam do
Wed Challenge, com uma chamada das Nações Unidas a todos os países esta
semana. Cada um deles desafia para uma causa diferente, em apoio ao
tema do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano: “Aumente sua voz, não o
nível do mar”.
Ao se comprometer a uma das causas e compartilhá-la por meio das suas
redes sociais, você passa a fazer parte do time de um dos embaixadores.
Acesse o site oficial da ação para participar. Eventos
Além das ações online, acontecerão diversos eventos por todo o
Brasil. Para quem mora em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito
Federal, durante todo o mês de junho, várias unidades do Sesc terão
atividades voltadas às questões de sustentabilidade, qualidade de vida e
cuidados com o ambiente. Para ficar por dentro, acesse a programação.
Ser verde ou sustentável tem uma má
reputação por ser caro. Alimentos biológicos, carros elétricos ou roupas
de origem sustentável são normalmente mais caros.
Comprar painéis solares ou um veículo
elétrico podem ser grandes coisas para ajudar o planeta, mas não são
viáveis para a maior parte das pessoas.
Se moras num apartamento, há muitas
maneiras de viver de forma mais sustentável, que te vão realmente fazer
poupar dinheiro. Vê algumas dicas do NOCTULA Channel:
Mesmo quando desligados, os aparelhos eletrónicos, como computadores, impressoras ou cafeteiras, usam “energia fantasma“, que também conta para o teu consumo de energia (e para a factura também!). Investigadores do Lawrence Berkley National Laboratory descobriram que essa energia é responsável por 5 % do consumo doméstico.
2. Baixa a temperatura do aquecimento e sobe a do arrefecimento
É mais eficaz aquecer o teu corpo que a
sala toda, por isso, no inverno, veste mais uma camisola e baixa o
aquecimento. No verão, liga uma ventoinha e bebe um chá gelado em vez de
colocares o ar condicionado no máximo.
3. Muda as lâmpadas para LED
As lâmpadas de LED duram 25 vezes mais
do que lâmpadas incandescentes e três vezes mais do que as lâmpadas
fluorescentes compactas, e agora são muito mais baratas. Quando as
lâmpadas de tua casa de fundirem muda para LED.
4. Compra legumes e fruta da época
Vai ao mercado da tua cidade e compra
diretamente ao produtor. Muitas vezes os legumes e frutas são mais
baratos e estás a diminuir o consumo de combustível necessário para
transportar os alimentos de uns sítios para os outros, e de energia para
manter os produtos frescos.
5. Come menos carne
O impacto ambiental da produção de carne
é grande, devido principalmente à produção de metano (gás com efeito de
estufa) gerada pelos animais. Comer uma ou duas vezes por semana uma
refeição vegetariana, substituindo a carne por feijão ou lentilhas, será
também mais económico.
Partilhar boleias é outro método para
poupar dinheiro e diminuir as emissões de poluentes para a atmosfera.
Encontra um colega que viva perto de ti ou que faça um percurso
semelhante e partilhem o carro.
Se não conheces ninguém podes sempre inscrever-te num site como o www.blablacar.pt.
7. Para de comprar garrafas de água
Arranja uma garrafa reutilizável e
enche-a com água da torneira em vez de comprares garrafas de plástico. A
água engarrafada é muito mais cara que a água da torneira e as garrafas
de plástico geram muitos resíduos.
8. Faz os próprios produtos de limpeza
Fazer os produtos de limpeza em casa
pode parecer difícil, mas na verdade são precisos apenas alguns
ingredientes simples, como bicarbonato de sódio, vinagre, limão e sabão.
Para além de poupar algum dinheiro, evitar os produtos químicos nas
limpezas melhora também a qualidade do ar dentro de casa.
Vê neste site algumas receitas para detergentes, champô, sabonetes e até pasta dentífrica: Receitas de Produtos Caseiros.
9. Compra coisas em segunda mão
Hoje em dia as lojas em segunda mão
estão por toda a parte, em vez de deitares no lixo algo que já não usas
porque não tentar vendê-la numa loja em segunda-mão? E em vez de comprar
novo, porque não comprar usado?
Gastas menos dinheiro e ao comprar menos coisas novas diminuis a quantidade de resíduos.
10. Ou arranja de graça
Se vais precisar de alguma coisa só um
vez tenta pedir emprestado a um amigo ou vai à biblioteca municipal
requisitar um livro em vez de comprar.
Há pessoas dispostas a trocar coisas que
já não usam ou não precisam por outras. Encontra o que procuras e doa o
que já não queres no site troca-se.pt.
Vê quanto podes poupar com algumas mudanças no teu dia-a-dia no site da Visão.
Conceito aplicado pela indústria de lâmpadas
desde os anos 20 do século passado, a “obsolescência programada” é tema
relevante para a reflexão sobre consumo e tecnologia. A cineasta alemã
Cosima Dannoritzer e o artista brasileiro Lucas Bambozzi, entre outros,
discutem o assunto em suas obras.
Desde a Revolução Industrial, a relação entre consumo, indivíduo e
sociedade tem sido uma das principais discussões dentro das Ciências
Humanas, que buscam, desde então, entender e explicar como o novo modo
de produção transforma e afeta a sociedade moderna. Com a produção em
massa, surgia também a necessidade da indústria de conhecer melhor o
perfil dos seus consumidores e, principalmente, de criar novas maneiras
para incentivá-los a comprar cada vez mais. Foi na década de 1920 que a
indústria de lâmpadas decidiu então aplicar o conceito de “obsolescência
programada” na linha de produção, o que reduz a vida útil dos produtos
para que o consumidor tenha de trocá-lo com mais frequência.
A ideia de diminuir o tempo de uso de produtos apareceu pela primeira
vez em 1925, quando o cartel Phoebus, formado pelos principais
fabricantes de lâmpadas da Europa e dos Estados Unidos, decidiu reduzir o
tempo de duração de suas lâmpadas de 2.500 para 1.000 horas, a fim de
aumentar o lucro das indústrias filiadas. No entanto, o conceito de
“obsolescência programada” só viria a ser criado mais tarde pelo
norte-americano Bernard London, um investidor imobiliário, que sugeria a
obrigatoriedade de uma vida útil mais reduzida para os produtos, como
forma de impulsionar a economia, que passava pela crise de 1929.
Considerada um tanto radical para a época, a ideia de London não foi
colocada em prática no início da década de 1930, mas sim durante a
década de 1950 pelo designer industrial Brooks Stevens, que já era
famoso por seus desenhos modernos no desenvolvimento de produtos.
Stevens defendia veementemente a obsolescência programada e argumentava
que esta dependia do consumidor: todos os consumidores desejam novos
produtos no mercado e são livres para decidir comprá-los ou não,
independentemente da duração dos mesmos. Com a redução da vida útil dos
produtos e o desenvolvimento da propaganda, o desejo de possuir o novo
era cada vez mais incitado no consumidor, que deixava de comprar por
necessidade para consumir por hábito.
Além da relação do consumidor com o produto, o professor da Universidade
de Weimar, Markus Krajewski Krajewski, afirma que outro marco da
obsolescência programada consiste na qualidade dos produtos, que antes
eram fabricados para serem reutilizados e consertados e, desde a
propagação do conceito na indústria, são produzidos para que sejam
substituídos o mais rápido possível. “Se uma mesa não quebra sozinha,
dentro de um certo tempo de uso, o próprio fabricante estipula seu prazo
de validade”, explica Krajewski. Segundo o professor, é provável que
rachaduras sejam inseridas na madeira do pé da mesa de forma
imperceptível para o consumidor, que enxerga as mesmas como um desgaste
natural do próprio objeto e não um defeito proposital para reduzir a
vida útil do produto.
Cultura de consumo e produção de lixo eletrônico
A redução da vida útil dos produtos chamou a atenção da cineasta alemã
Cosima Dannoritzer, que decidiu investigar os rumores comumente
disseminados pelos mais velhos de que “antigamente as coisas duravam
mais”. Para surpresa de Dannoritzer, “a verdade era ainda mais estranha
do que os próprios rumores”. Em seu documentário The Light Bulb Conspiracy (2010 – A Obsolescência Programada),
a cineasta percorre vários países para tentar compreender a influência
deste conceito na nossa sociedade. Ela mostra como este modo de produção
e de consumo mudou a relação do indivíduo com o produto, gerou inúmeras
consequências ambientais e também propiciou a ascensão de resistências
dentro da sociedade contra o consumismo ilimitado.
No documentário, Dannoritzer reflete sobre as relações de poder
sócio-econômico dentro deste sistema de consumo e suas consequências
ambientais. Uma delas é o crescente número de resíduos eletrônicos –
computadores, celulares, chips etc – que, muitas vezes, são
transportados e despejados em países em desenvolvimento, embora haja um
tratado que proíba este tipo de prática. Em seu documentário, a cineasta
registra tal descaso ao mostrar Agbogbloshie, no subúrbio de Accra, em
Gana, que tornou-se um depósito de lixo eletrônico de países
desenvolvidos como Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido,
que enviam seus resíduos sob o pretexto de ajuda ao país de “Terceiro
Mundo”, alegando que estes eletrônicos ainda podem ser reutilizados. No
entanto, Dannoritzer aponta em seu filme que mais de 80% desses resíduos
são, de fato, lixo. E não podem mais ser reciclados ou sequer
reaproveitados.
A produção de resíduos eletrônicos está diretamente relacionada ao poder
econômico: os países que possuem maior renda, consomem mais e,
consequentemente, produzem mais lixo eletrônico. Em uma rodada de
discussões dentro da Rio +20 sobre a produção desses resíduos sólidos (Lixo eletrônico: impactos e transformações - Roda de Conversa Rio+20),
a especialista do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do
Meio Ambiente, Andréa Caresteada, reforçou esta relação ao falar sobre o
crescimento da classe média no Brasil que, segundo ela, já alcançou o
número de 100 milhões de pessoas. A especialista relata que, com o
aumento de poder de compra, cresceu também o consumo de
eletroeletrônicos que correspondem a eletrodomésticos, computadores e
celulares, por exemplo. Caresteada admite, no site do evento, haver uma
disparidade entre o poder de aquisição e educação ambiental, pois ainda
falta consciência quanto à produção de resíduos eletrônicos e ao hábito
de consumo.
De acordo com Krajewski, uma das grandes diferenças entre países
industrializados, como a Alemanha e os Estados Unidos, e os emergentes,
como a China e o Brasil, é o fato de a maior tradição da obsolescência
programada nos primeiros possibilitar a instituição de um movimento de
resistência, tanto na esfera política quanto na cultural. Na arquitetura
e em determinados setores da manufatura, na Alemanha, o professor
observa, por exemplo, que ainda há preferência pela durabilidade em vez
do desgaste rápido de materiais através do “Manufactum-Prinzip”
(princípio de manufatura), termo criado por uma cadeia de lojas de mesmo
nome, cujo slogan é “Es gibt die noch, die guten Dinge” (Elas ainda
existem, as coisas boas).
Porém, o documentário de Dannoritzer indica que ainda há falta de
responsabilidade social de países industrializados em relação a resíduos
eletrônicos. Nas cenas que retratam o lixão de Agbogbloshie, o ativista
ambiental Mike Anane mostra o local onde os restos de computadores,
impressoras e outros eletrônicos são despejados. Ele cresceu na região e
conta que, onde agora há somente lixo, antes passava o rio Odaw. No
local havia uma comunidade de pescadores, onde ele próprio passou parte
de sua infância. O documentário de Dannoritzer mostra que hoje, no lugar
das crianças e dos pescadores, jovens de famílias pobres queimam os
objetos despejados para retirar o plástico e guardar o metal, para que
este seja vendido e possivelmente reutilizado.
Tecnologia, arte e resistência
A professora do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da
Universidade Federal da Bahia, Karla Brunet, afirma que há grande
descaso com as consequências sociais e ambientais causadas pelo
consumismo desenfreado. Ela lembra que o conceito de obsolescência
programada, criado no início do século XX, continua o mesmo, mas é hoje
utilizado sob outra ideia de tempo: “Nossa vida está mais acelerada,
então a própria vida útil de um produto está menor, pois tudo está mais
rápido, queremos tudo mais rápido. Um produto que no passado tinha vida
útil de quatro anos, certamente dura menos hoje em dia”, explica Brunet.
Como o novo torna-se ultrapassado em pouco tempo, há sempre maior
necessidade de comprar para que possamos ter a sensação de pertencer a
determinado grupo social e também de estar em dia com a tecnologia.
Brunet considera a publicidade uma das principais ferramentas para
incitar o desejo de consumo na sociedade atual, por ela ser realizada de
forma mais sutil que no passado. Muitos usuários do Facebook, por
exemplo, “curtem” páginas de marcas, sob a impressão de que estão
afirmando algo de si mesmos, quando na verdade estão fazendo propaganda
para a própria marca. A publicidade e a constante produção de novos
modelos de tecnologia instigam o desejo de consumir, porque elas geram a
sensação no consumidor de que ele “precisa” de determinado objeto e, se
comprá-lo, terá uma sensação de satisfação e pertencimento a um
determinado grupo social.
É o que acontece com celulares. As empresas lançam modelos
incessantemente e, em um ano, o aparelho já é considerado ultrapassado. O
artista Lucas Bambozzi aborda o tema em sua obra, criticando
diretamente o consumismo regrado pela obsolescência programada. Em
vários trabalhos, como Da Obsolescência Programada (2009), Mobile Crash (2010) e Das Coisas Quebradas
(2012), Bambozzi utiliza a tecnologia de sensores para captar ondas
eletromagnéticas de celulares, que ativam o funcionamento de diferentes
máquinas. Segundo o artista, sua obra tenta discutir “a instabilidade
das mídias, as oscilações de linguagem percebidas nos meios de produção
técnica de imagem, o caráter anacrônico dos meios audiovisuais em tempos
de portabilidade, o consumismo e o fetiche ligado aos sistemas
tecnológicos”.
Em Das Coisas Quebradas (2012), Bambozzi reflete sobre
tecnologias de consumo, lembrando que o consumidor também faz parte
desse sistema. Na “instalação-máquina”, um sensor capta as ondas
eletromagnéticas de celulares do público, para ativar uma máquina que
despeja celulares (um de cada vez) em de um compartimento, onde são
esmagados. Sendo assim, quanto mais as pessoas no ambiente utilizam o
celular, maior é o funcionamento da máquina e mais celulares são
destruídos – numa crítica direta ao papel do próprio consumidor na
cultura do uso e rápido descarte, regido pela obsolescência programada.
Neste contexto, a arte passa a exercer uma função de resistência ao
consumismo desenfreado, pois a partir do momento em que o observador se
depara com tal crítica, ele começa automaticamente a refletir sobre seu
próprio hábito de consumo e a adquir consciência de que também faz
parte do mecanismo deste sistema. Dannoritzer acredita que precisamos
nos afastar deste consumismo para evitar o esgotamento de fontes
naturais e reduzir a produção de lixo. Para ela, já há várias pessoas
que “estão se afastando disso com atitudes diárias, pois percebem que o
consumo não é a única fonte de felicidade”. Já Krajewski é mais
pessimista, ao apontar que “as empresas lucram demais com este sistema
para mudá-lo, mesmo aquelas pseudo-verdes, que existem sob a camuflagem
do ecologicamente correto”. Ainda assim, ele defende que os próprios
consumidores têm o poder de evitar determinados produtos e, assim, agir
com consciência dentro da atual sociedade de consumo: “Juntos somos
muitos”, lembra o professor.
Mais um fim de semana de sol se
aproxima do Rio de Janeiro e suas belas praias prometem encher o verão
carioca de apaixonados pela cidade. Nessa época do ano, milhares de
pessoas buscam diversão e refresco nas areias fluminenses. O grande
problema é que a cidade maravilhosa vêm sofrendo com o lixo deixado em
praias do Rio.
Para mostrar ao cidadão carioca que é preciso ter consciência e recolher seu lixo após a saída da praia, o movimento Rio Eu Amo Eu Cuido criou uma ação sensibilizadora, em parceria com a Comlurb, realizada no feriado de São Sebastião, no último dia 23 de janeiro.
Nesse dia, 40 toneladas de lixo foram encontradas nas areias da praia de Copacabana,
uma das mais famosas da cidade. O vídeo abaixo traz o resultado dessa
ação, que mostra o contraste entre as belas imagens de um dia de sol na
praia lotada, que termina com um entardecer cheio de lixo não descartado
corretamente.
Viu como um cenário incrível pode se transformar em um amontoado de
lixo em apenas um dia? As áreas comuns de condomínios muitas vezes
também sofrem com lixo deixado por condôminos que não têm a consciência
de recolher seus resíduos.
Faça sua parte! Jogue o lixo no lixo, seja em casa, na rua, na praia…
Ajude a preservar as nossas belezas naturais e dê o destino correto ao
seu lixo. Até porque, você já sabe que descartando o lixo corretamente é
possível gerar novos produtos, oportunidades de trabalho e ou até mesmo
gerar um dinheirinho extra no fim do mês.
Reportagem especial do Portal Brasil mostra que é possível se divertir com responsabilidade ambiental
Em meio a diversidade do nosso
País, o Portal Brasil destaca programações carnavalescas que agregam
diversão e responsabilidade ambiental. Em São Paulo ou no Rio de
Janeiro, iniciativas mostram que é possível se divertir, tratando de
temas importantes e responsáveis, andando de mãos dadas com a natureza.
Presente em todas as terças-feiras do carnaval do Rio de Janeiro
desde 2004, o bloco Vagalume O Verde (VOV) promove a sustentabilidade
aos participantes. De acordo com presidente fundador, Hugo Camarate, o
bloco foi criado acreditando-se poder contribuir para sensibilizar os
foliões a fim de mitigar os impactos ambientais gerados pelo homem e
fomentar a cultura do carnaval.
“Desde o início, tivemos o propósito de trazer à discussão a temática
ambiental. Naquele momento, discutia-se a ecologia e éramos tratados
como um eco-bloco. Hoje, nestes novos tempos, nos consideramos um bloco
sustentável. Entendemos, no entanto, que a sustentabilidade do bloco é
algo que jamais será atingida plenamente e que o que nos permite nos
chamarmos desta forma - bloco sustentável - é o compromisso de seguir os
preceitos da sustentabilidade como diretriz”, afirma.
O Vagalume O Verde busca implementar práticas ecológicas e utilizar
materiais amigáveis ao meio ambiente. Como exemplo, realização de coleta
seletiva, o porta “bituca” de cigarros (enfocando a destinação correta
do resíduo), a inserção de 10% de instrumentos feitos através de
materiais reaproveitados/reciclados no realizados no carnaval de 2013,
quando 10 mil pessoas prestigiaram o bloco sustentável.
Além disso, buscando minimizar impactos negativos do desfile, o VOV
limita o volume dos decibéis do carro de som para não impactar a fauna e
a flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que faz parte do
itinerário do bloco.
Hugo conta, ainda, que o grupo busca preparar as futuras gerações de
foliões. “Estimulamos cursos, participamos de palestras e buscamos
auxiliar, com oficinas que tratem do meio ambiente, utilizando o
carnaval como eixo condutor das discussões e como ferramenta de
aproximação. Na verdade, ansiamos e buscamos contribuir para que as
condições sejam ainda melhores do que as atuais - compensamos nosso
desfile através do plantio de mudas de espécies nativas da Mata
Atlântica.” Desfile sustentável
No carnaval de São Paulo, a escola de samba Império de Casa Verde
também se mostra preocupada com a questão. Tanto é que, neste ano, leva à
Avenida o tema “Sustentabilidade, construindo um novo mundo”. Efeito
estufa, poluição, desperdício, queimadas e devastação das matas nativas,
além de alternativas como a reciclagem do lixo, são alguns dos temas
tratados pela escola.
O presidente do Conselho Deliberativo da Império de Casa Verde,
Eduardo Moraes, informa que o tema do enredo surgiu “da necessidade de
um planeta sustentável com menor degradação do meio ambiente,
preservando as reservas naturais”. Para isso, alguns carros do
desfile foram confeccionados com materiais recicláveis, como latas de
alumínio, papelão, copos descartáveis.
“Um grande exemplo é a fantasia da ala das crianças que foram feitas
com copos descartáveis usados. E a agua utilizada no abre alas que é uma
água cenográfica, que não molha os componentes, e foi utilizada água de
reuso”, diz Eduardo.
Para ele, o samba-enredo da Império de Casa Verde tem um papel
importante para a comunidade. “Buscamos a conscientização da comunidade
de que o planeta está sufocado e necessita de uma ação global urgente de
preservação, garantindo assim um planeta melhor para as futuras
gerações.”
Com o trabalho que, neste ano, completa 10 anos, Hugo Camarate acredita que o bloco fundado por ele pode fazer a diferença. “O
pioneirismo destas ações, bem como os frutos que podem ser colhidos
adiante, podem significar novos rumos para um carnaval mais alegre, com
menos desperdício e, com certeza, muito mais sustentável!”, afirma. Serviço
Bloco Sustentável Vagalume O Verde
Local: Início na Rua Jardim Botânico (esquina com Rua Pacheco Leão) em direção à Praça Santost Dumont - Baixo Gávea, Rio de Janeiro
Concentração: 08:00h
Desfile: 10h às 14h
Data: 04/03/2014 Fonte: Portal Brasil
Empresas de Bogotá, naColômbia, concordaram em apoiar a propostafeitapelaorganizaçãoMejor en Bici, de que o DiasemCarro se estendaporumasemana, a partirdestaquinta-feira, 6 de fevereiro. Segundo o jornal "Las 2 Orillas", as empresasSura, Pacific Rubiales, Universidad Javeriana, Equión, Unilever, Diageo e SegurosBolívarjámanifestaramapoioàideia. NaColômbia, diferentemente do Brasil, o DiasemCarroacontece em fevereiro e geralmentemobilizacentenas de empresas e milhares de pessoasnasprincipaiscidades.
Para implementar a proposta do Mejor en Bici, osempregados e diretoresdessasempresasusarão a bicicletadurantecincodias, fazendo o percursocasa-trabalho. Foramdesenhadastrêsgrandesrotas, a do Norte, do Centro, e Salitre, quecontarão com segurança e assistência em caso de algumacidenteouqualquerimprevisto. "Esteprojetoestádirigido a pessoasquenãousam a bicicletahabitualmente. Esperamosque com essaexperiênciaeles se convertam em ciclistasfrequentes", explicaAndrésVergara, miembrodaMejor en Bici.
Segundo o jornalcolombiano, osmoradores de Bogotáperdemaproximadamente 22 diasporano no trânsito, tempo quepoderiamgozarcomoférias, porexemplo. A propostadaorganizaçãoMejor en Biciépromover o uso de um meio de transportesustentável, além de garantirmaissaúde e mobilidade. O usodabicicletareduz o tempo perdido em engarrafamentos, melhora a saúdedaspessoas, reduz as emissões de CO2 e o stress.
“Estácomprovadoque o usodabicicletafaz as pessoas se sentiremmaisfelizes e, acima de tudo, melhoraseurendimento, porquequandopedalamos, perdemosmenos tempo no trânsito e hámenosgastos”, enfatiza Diego OspinaCasto, gerentedaMejor en Bici.
A municipalidade de Bogotá. iráhabilitar 376 quiilômetrosdarede de ciclorroras e cicloviasespecialmentepara o eventodestasemana.
A produção de lixo no Brasil atinge a
marca de 193.642 toneladas diárias. Quase 90% são coletados de alguma
maneira e a recuperação de materiais recicláveis já abrange fatia
considerável desse montante.
A informação consta do Cempre Review 2013, uma publicação que analisa e atualiza o panorama da reciclagem de embalagens pós-consumo no país.
O relatório aponta que 27% dos resíduos recicláveis foram recuperados
e voltaram para a cadeia produtiva em forma de matéria-prima, em 2012. O
documento tipifica a coleta seletiva como pilar do mercado de
reciclagem brasileiro, tendo como principais produtos o alumínio e as
garrafas pet.
Um estudo divulgado pela LCA Consultoria prevê um aumento
considerável do mercado brasileiro de reciclagem a partir da Copa de
2014, com benefício econômico de R$ 1,1 milhão por dia. Porém, isso só
deve acontecer se 90% da população das cidades-sede da Copa passarem a
contar com coleta seletiva.
De acordo com o Cempre, o gerenciamento de resíduos e a
reciclagem empregam mais de 800 mil pessoas no Brasil, que separam 2.329
toneladas de resíduos recicláveis todos os dias.
A maior parte desses trabalhadores atua como catador individual, mas a
criação de cooperativas tem mudado o panorama. Hoje já são 30.390
trabalhadores organizados em 1.175 cooperativas de trabalho.
Ainda com base nos dados da LCA, dos R$ 712 milhões gerados com a
coleta e venda de materiais recicláveis no período avaliado. As
cooperativas de catadores absorvem 7,8% desses valores.
Vantagens do alumínio
Na onda do reaproveitamento, o Brasil é líder mundial na reciclagem
de latas de alumínio e, de acordo com o relatório, um dos motivos é o
preço atrativo da sucata, que acompanha os valores da commodity no
mercado internacional.
O coordenador de reciclagem da Associação Brasileira de Alumínio
(Abal), Carlos Roberto de Morais, destaca que o Brasil recicla 97,9% das
latas produzidas.
Esse índice é muito maior, por exemplo, do que os de países como
Estados Unidos, onde 56% das latas são recicladas. “Mas com uma
diferença: no índice brasileiro nós não consideramos as latas
importadas, só as brasileiras”, adverte, lembrando que a estatística
norte-americana também coloca na ponta do lápis as latinhas importadas.
Os números do Brasil são próximos de países como a Argentina e Japão,
onde os níveis de reciclagem ultrapassam os 90%. Já nas nações que
compõem a comunidade europeia o índice não chega a ser maior do que 70%,
segundo Morais.
Mas, por qual razão o alumínio ganha tanto destaque em comparação com
outros produtos? De acordo com o representante da Abal, o primeiro
fator é o alto índice de reciclagem. “O que está por trás disso é que,
no tempo em que sustentabilidade ainda não era moda, a indústria de
alumínio investiu em educação nas escolas”, salienta.
Há pouco mais de 30 anos, houve toda uma preparação, gerando uma
demanda pelo serviço. Isso aconteceu porque, já naquela época, havia a
percepção de que ficaria cada vez mais difícil conseguir matéria-prima
para a produção e o alto preço da energia também encareceria esse
processo.
“A energia usada para fazer a lata a partir de material reciclado
gasta 5% da energia que gastaria com o alumínio primário”, explica.
Outra vantagem oferecida pela reciclagem das latas de alumínio é a
economia de espaço.
“Um ano de latinha jogado em aterro sanitário seria o correspondente a
mais ou menos 200 edifícios de 10 andares com quatro apartamentos por
andar”, completa. E, como no processo de reciclagem a lata é compactada,
isso pode representar 16 vezes mais em volume.
Além do ganho ambiental, a reciclagem das latas agrega valor social.
Segundo Morais, o processo injeta na economia algo em torno de R$ 650
milhões apenas para os catadores de latinhas.
Para Victor Bicca, da Cempre, desafio brasileiro é fazer com que prefeituras atendam exigências da PLNRS
Mercado exige crescimento para atender demanda
Para Carlos Morais, a demanda por reciclagem é muito maior do que a
oferta, independentemente do produto. “Hoje, se nós tivéssemos o dobro
de latas de alumínio que temos no Brasil, ainda faltaria lata para ser
reciclada em função da capacidade instalada para reciclagem”, avalia.
Mesmo assim, o setor de reciclagem de alumínio investiu mais de R$ 100
milhões, só no ano passado.
Desde a aprovação da lei de resíduos sólidos, em 2010, muito se avançou no panorama da reciclagem. Estudos do Cempre
apontam que, em 2012, coleta, triagem e processamento de materiais em
indústrias recicladoras geraram faturamento de R$ 10 bilhões no país.
Espera-se uma grande expansão no ritmo do crescimento do setor,
porém, é necessário que muito seja feito para que se atinja tal
objetivo. “Já temos uma reciclagem de fração seca elevada, fruto
sobretudo do trabalho dos catadores”, destaca o presidente do Cempre, Victor Bicca.
O executivo avalia, porém, que as prefeituras precisam, agora,
acelerar o passo para responder às exigências da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PLNRS) como o fechamento dos lixões até 2014 e a
inclusão dos catadores em seus modelos de coleta seletiva.
Segundo levantamento do Cempre, apenas 14% dos municípios
brasileiros oferecem coleta seletiva e a maior parte dos que mantêm o
serviço estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.
Informações divulgadas pela Agência Brasil, com base em dados do
Ministério do Meio Ambiente, apontam que o Brasil ainda mantém 2.906
lixões em atividade. Além disso, das 189 mil toneladas de resíduos
sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. A reversão desse
quadro é o grande desafio do país até o ano que vem.
A economia da reciclagem possui desafios estruturais.
Faltam incentivos tributários, instrumentos de controle do material
reciclado, mecanismos de mercado que fortaleçam a comercialização do
produto, entre outros desafios. As empresas privadas praticamente
dominam o processamento e a transformação de materiais reciclados, e o
passivo social incorporado ao produto não é contabilizado pelas
indústrias recicladoras.
Por outro lado, a reciclagem é considerada uma das molas propulsoras
do processo de desenvolvimento sustentável, uma vez que gera qualidade
de vida e de trabalho para milhares de catadores, além de trazer
reconhecidos ganhos nas dimensões econômica e ambiental.
No âmbito econômico, há um cenário de grandes oportunidades.
Especialistas fazem estimativas bastante positivas em relação ao mercado
da reciclagem, que movimenta US$ 1,2 bilhões por ano no Brasil. Em
relação ao aspecto ambiental, os catadores realizam um trabalho de
extrema utilidade, ampliando a capacidade de reciclagem de resíduos.
Nesse sentido, ampliar a conscientização sobre sua importância é um primeiro essencial passo.