quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Com implementação da A3P, Alerj reduz o consumo de descartáveis na instituição

Por Talita Gamboa
O Menos 1 Lixo é um Movimento voltado para o consumo consciente e o empoderamento do indivíduo, a gente sempre deixa isso claro, pois entendemos que a transformação vem diariamente com pequenos gestos. Ainda assim, acreditamos que leis e exemplos do poder público só agregam à busca por novos hábitos de consumo. Além do poder de influência na tomada de decisão da sociedade, instituições são formadas por nada mais, nada menos que indivíduos.
Pensando nesse poder de influência e conscientização, o Ministério do Meio Ambiente lançou o programa A3P. A Agenda Ambiental na Administração Pública objetiva implementar a gestão socioambiental das atividades administrativas e operacionais do Governo. É como um convite ao engajamento individual e coletivo para a mudança de hábitos e a difusão da ação, fazendo com que cada colaborador repense a própria atuação pessoal e profissional, para a partir daí construir uma nova cultura institucional.
menos 1 lixo-1-8(Foto: Rafael Wallace / Jornal Alerj)
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro é uma das mais de 40 instituições públicas que aderiram à agenda. A Alerj começou por um ponto muito importante para nós: a redução do consumo de copos descartáveis. Implantada no primeiro semestre de 2015, a adesão à canecas espalhadas apenas pelo setor de informática, resultou na queda de 900 para cem unidades por mês. E a meta é zerar! Mas esse foi só o primeiro passo. Um plano de gestão de resíduos sólidos, o ingresso do Parlamento em um programa de eficiência energética e a economia de tinta e papel nas impressões, também foi implantado.
O programa que prevê cinco eixos – coleta seletiva, educação ambiental, licitações sustentáveis, uso racional dos recursos e melhoria no ambiente de trabalho – segue na instituição com fóruns sobre desenvolvimento sustentável, desperdício zero, educação financeira e muito mais. Os serviços são prestados aos servidores, comissionados e terceirizados.
O que nós esperamos é que iniciativas privadas também adotem o planejamento e possam enxergar assim, a total ligação entre o desenvolvimento sustentável, a preocupação socioambiental, o consumo consciente e os benefícios disso para suas empresas, para as pessoas, pra cidade e pro planeta!

Fonte: Ministério Público Federal, Ministério do Meio Ambiente e Alerj.
Fonte;http://menos1lixo.virgula.uol.com.br/com-implementacao-da-a3p-alerj-reduz-o-consumo-de-descartaveis-na-instituicao/

sábado, 30 de julho de 2016

Manual de Permacultura para download


A palavra permacultura originou-se da expressão em inglês “permanent agriculture“, porém, hoje, devido a ampliação de sua abrangência pode-se dizer que a permacultura deriva da expressão “cultura permanente”. E por isso mesmo não é fácil defini-la em poucas palavras. Então vamos usar aqui uma definição formal
apresentada há muito tempo atrás pelo próprio Bill Mollison, que juntamente com David Holmgren estão desenvolvendo a permacultura, desde o início dos anos 1970, na Austrália, unindo culturas ancestrais sobreviventes com os conhecimentos da ciência moderna.
Permacultura é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. “Permanent Agriculture” em inglês – nasceu na cabeça de Bill Mollison, ex-professor universitário australiano, na década de 1970. (Fonte: UFSC)
Clique AQUI para baixar o manual de permacultura
de Mollison e Holmgren.
Permacultura UFSC

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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Rio-2016 aposta em material reciclado para fazer medalhas e lança slogan

Do UOL, no Rio de Janeiro
As medalhas dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro, terão um conceito sustentável. O comitê organizador apresentou nesta terça-feira (14) o design dos objetos, que serão feitos com materiais reciclados, e ainda aproveitou para divulgar o slogan oficial do evento: "um mundo novo".
Nas medalhas de prata e bronze, mais de 30% dos metais preciosos usados são oriundos de reciclagem. As fitas de tecido que sustentam os objetos também têm 50% de material reaproveitado.
O conceito sustentável das medalhas também tem a ver com o ouro, inteiramente isento de mercúrio, e com os estojos de madeira, que terão até certificado de proveniência de área ambientalmente responsável.
A Rio-2016 terá um total de 5.130 medalhas (2.488 nas Olimpíadas e 2.642 nas Paraolimpíadas). O desenho foi desenvolvido pelo comitê organizador e pela CMB (Casa da Moeda Brasileira).
O evento de lançamento, realizado nesta terça-feira, teve entre os presentes o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, que cumpre agenda no país. Carlos Arthur Nuzman, mandatário do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e do comitê organizador, também esteve entre os convidados. “As medalhas são um dos maiores símbolos dos Jogos”, exaltou Nuzman.
Nesta manhã, Bach esteve no Parque Olímpico do Rio para reunir-se com o presidente interino, Michel Temer (PMDB). De tarde, voltou à maior área de competições da Rio-2016 para participar da apresentação das medalhas.
Junto com as medalhas, foi apresentada pelo Comitê Rio-2016 a cerimônia de premiação da Olimpíada e Paraolimpíada de 2016, inclusive o uniforme dos auxiliares que carregam as medalhas. O pódio da Olimpíada também terá um design exclusivo. Na Paraolimpíada, ele será acessível a cadeirantes.
Na Paraolimpíada ainda, as medalhas terão um detalhe especial. Todos virão com um guizo para que cegos possam diferenciar pelo som se elas são de ouro, prata ou bronze.

"Um mundo novo" será o slogan da Rio-2016

O Comitê Rio-2016 também apresentou nesta terça o slogan dos Jogos Olímpicos do Rio: “Um mundo novo” (ou “a new world”, em inglês).
A frase-símbolo do evento foi apresentada com dois anos de atraso. Inicialmente, ela seria divulgada no dia 5 de agosto de 2014. Discussões entre governo e Comitê Organizador sobre a frase acabaram durando bem mais que o esperado e atrapalharam os planos originais.
"Com novos olhares, exemplos e heróis. Inspirado pelo poder de transformação do esporte, esse é o slogan dos Jogos", explicou o comitê organizador.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Descarte correto de lixo no carnaval ajuda a combater o Aedes aegypti

Acumular lixo só ajuda a formar foco de proliferação do mosquito; foliões podem adotar atitudes positivas para mudar esse quadro
por Portal Brasil publicado: 07/02/2016 11h54  
última modificação: 12/02/2016 15h58
 
 Em 2015 a Comlurb recolheu 1.129,84 toneladas de lixo das ruas do Rio de Janeiro

Em 2015 a Comlurb recolheu 1.129,84 toneladas de lixo das ruas do Rio de Janeiro
Carnaval e lixo não combinam. Ou, pelo menos, não deveriam combinar, ainda mais agora que o Brasil está unido em um mutirão nacional de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Acumular lixo só ajuda a formar foco de proliferação do mosquito.
No ano passado, em quatro dias de festa, apenas a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) recolheu 1.129,84 toneladas de lixo das ruas da cidade. De acordo com a empresa, os blocos foram responsáveis pela maior parte dos resíduos descartados: 639,54 toneladas contra as 465,79 toneladas produzidas pela festa na Marquês de Sapucaí. Os números de Brasília (DF) acompanham a proporção da folia brasiliense. Em 2015, o Serviço de Limpeza Urbana no Distrito Federal (SLU/DF) recolheu 110 toneladas de resíduos após a folia na cidade, quando 44 mil sacos de lixo foram usados na coleta.
Mas no quesito “lixo pós-Carnaval”, Salvador (BA) é a campeã. Em 2015, a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) recolheu quase duas mil toneladas de lixo durante a festa. Só para o serviço de higienização das ruas de Salvador, no primeiro dia de Carnaval foram utilizados 250 mil litros de água e consumidos cerca de 520 mil litros de sabão. No ano passado, o projeto “Fundo da Folia”, criado em 1994 por um grupo de mergulhadores, recolheu 706 kg de lixo da praia da Barra, em Salvador, lixo que sobrou do carnaval e foi parar no fundo do mar. Em 2010, a ONG internacional Global Garbage postou fotos chocantes do fundo do mar de Salvador, 10 dias depois do carnaval: mais de 1,5 mil latinhas e garrafas, além de pedaços de abadás e outros objetos plásticos, foram encontrados por mergulhadores.
Dados das empresas de limpeza que atuam nas cidades brasileiras mostram que vem sendo registrado um aumento de cerca de 40%, a cada ano, na quantidade de lixo recolhido após a folia. O mês de carnaval chega a ter 10% de lixo a mais produzido que a média dos outros 11 meses do ano no Rio de Janeiro, por exemplo (dados da Comlurb).
A sujeira que o carnaval deixa nas cidades é um dos maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos e panfletos de divulgação são facilmente encontrados nas ruas, entupindo bueiros e aumentando o risco de enchentes. Segundo o Instituto Akatu, o aumento do lixo gera impactos na coleta (que fica sobrecarregada) e no armazenamento nos aterros. Mas a folia pode ter menos lixo nas ruas, uso de embalagens retornáveis e menos desperdício de comida e de bebida. Cada cidadão tem sua parcela de responsabilidade com os resíduos que deixa para trás durante o carnaval.
Dicas
As principais orientações para quem vai curtir a folia nas ruas são: jogar embalagens e outros resíduos nas lixeiras mais próximas; além de produzir menos lixo, evitando o uso de material descartável. Vale levar seu próprio copo ou sua própria sacolinha de lixo.
Para um carnaval mais sustentável, vale também reaproveitar aquilo que iria para o lixo, utilizando material reciclável para a criação de fantasias, adereços e máscaras; reutilizar fantasias de carnavais passados; e gastar menos combustível, utilizando o transporte público ou carona de amigos para chegar aos pontos da festa.
Para a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), Zilda Veloso, as pessoas não podem se esquecer, mesmo em um momento de alegria, da conscientização ambiental. “O próprio cidadão pode fazer a sua parte. Não custa nada ficar com uma latinha ou um copo na mão até encontrar uma lixeira. É preciso exercitar a educação”, alerta Zilda.
Brasília Limpa
Além das ações de cada folião, algumas cidades têm inovado para estimular menos lixo após a folia. No carnaval deste ano, em Brasília, os blocos de rua que mais se empenharem em manter os locais de festa livres de resíduos depois do evento receberão certificados do SLU. A campanha “Bloco Brasília Limpa”, lançada pelo governo do Distrito Federal em 2014, busca valorizar o esforço dos foliões no recolhimento do lixo produzido. Os foliões devem postar fotos no Instagram, com a hashtag #BSBLIMPA, seguida do nome do bloco.
Para participar da campanha, os organizadores dos blocos precisam optar pela autogestão dos resíduos (quando se responsabilizam pela limpeza e dispensam o trabalho da autarquia) ou respeitar o prazo mínimo de cinco dias úteis de antecedência para solicitar os serviços. Outros requisitos são divulgar mensagens educativas sobre o descarte apropriado e colocar lixeiras à disposição dos participantes.
"Lixo Zero"
No Rio de Janeiro, os foliões que vão brincar o carnaval de rua deverão ter mais cuidado com os pequenos resíduos irregularmente descartados. O Programa Lixo Zero, implantado no Rio, vai fiscalizar os maiores e mais importantes blocos da cidade. Caso o folião seja pego em flagrante jogando lixo nas ruas, será passível de multa no valor de R$185,00. Se for pego urinando em via pública pelas equipes de fiscalização, o valor da multa é de R$ 510,00.
Folia Sustentável
Com o intuito de aproximar o carnaval de Salvador à sustentabilidade, a prefeitura da cidade lançou, desde 2014, a campanha “Eu promovo o carnaval sustentável”. A cada ação sustentável a ser praticada pelos blocos, trios, camarotes, haverá uma pontuação pré-determinada. Essas ações serão contabilizadas e, a partir da pontuação alcançada, a organização será ouro, prata ou bronze. Entre as ações utilizadas dentro dos camarotes que se destacaram em 2015 estão a separação de resíduos que são destinados às cooperativas, a coleta do óleo de cozinha e a oferta de alimentos orgânicos nos buffets.
Com o objetivo de apoiar os catadores de material reciclável durante a folia na capital baiana, a Incubadora de Empreendimentos Solidários (Incuba) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em parceria com o Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia (CCRB), realizará este ano o projeto “Ecofolia solidária: o trabalho decente preserva o meio ambiente”.
A iniciativa prevê a redução dos impactos ambientais causados pelo descarte inadequado dos resíduos sólidos gerados durante a festa, além da melhoria das condições de trabalho dos catadores avulsos e cooperados e o combate ao trabalho infantil. O projeto vai beneficiar diretamente 2,8 mil catadores avulsos e cooperados. Indiretamente, a iniciativa deve gerar renda para 12 mil trabalhadores. A meta do projeto para este ano é retirar do meio ambiente 50 toneladas de material descartável.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Meio Ambiente
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Fonte; http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2016/02/descarte-correto-de-lixo-no-carnval-ajuda-a-combater-o-aedes-aegypti CC BY ND 3.0 Brasil

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A partir de Reportagem no Fantástico veja como aprimorar uma matéria ambiental


Em 3 de janeiro de 2016 a rede Globo veiculou uma matéria no Fantástico sobre um movimento de redução de lixo que já evitou o uso e descarte de 750 mil copinhos plásticos. A iniciativa do Projeto Menos 1 Lixo é excelente, os resultados são sólidos e inspiradores, mas a reportagem foi baseada em conceitos ambientais já cansados. Além disso algumas questões práticas e econômicas foram esquecidas ou ignoradas, o que pode repelir novas adesões por fazerem as ações ambientais parecerem mais caras e complicadas do que realmente são.

Após assistir o vídeo no link acima leia nossas avaliações ponto a ponto da reportagem

– Não cita o valor economizado com os copos descartáveis evitados;
– O óleo de cozinha é um caso clássico em que o reduzir é muito melhor. Nem todas as cidades tem coleta de óleo usado. Portanto evite as frituras, mas se gostar muito, assuma o custo ambiental e de saúde adquirindo uma fritadeira elétrica que usa pouquíssimo óleo;
– As pilhas idem. Reciclar é legal, mas o ideal é evitar a todo custo e se for realmente necessário usar recarregáveis. No início são mais caras mas como duram 300 ou 500 ciclos acaba, sendo mais econômicas e ambientalmente adequadas;
– Dona Monique comprou e instalou a Prensa PET no seu apartamento. O aparelho é ótimo mas custa R$ 125,00. Amassar com as mãos é mais prático, barato, rápido e igualmente seguro. A menina filmada saiu da casa dela para amassar as garrafas no apartamento da Dona Monique. Nada prático, muito menos barato;
– As sacolas plásticas tem alto índice de reaproveitamento então elas não “viram lixo” como diz a reportagem. É muito melhor reduzir, mas se pegar ou receber dá para reutilizar e por fim ainda é possível reciclar. Insinuar que seu uso e volume é um problema desperdiça a oportunidade de ensinar os 3 Rs com um único resíduo;
– A Fernanda usa saco plástico sim, seja reutilizando sacolinhas ou comprando sacos para lixo;
– A composteira na casa da Fernanda custa R$ 230,00 (se for a menor). Melhor usar uma caixa organizadora simples furada no fundo que pode compostar com ou sem minhocas (veja nesse vídeo). Esse sistema é bem mais barato até que o do Ciclo Orgânico, mas o projeto carioca agrega as pessoas que não querem fazer em casa ou não tem tempo para essa atividade;
– Na parte do cartão que a Ciclo Orgânico entrega eles podiam explicar que a compostagem troca a emissão de metano por gás carbônico, muito menos estufa. E de quebra derrubar o mito de que o metano emitido pelo nosso rebanho é a maior fonte deste gás no Brasil. Na realidade o lixo emite quase 30% mais que o gado;
– Abordar o aproveitamento integral de alimentos seria uma bela sacada para mostrar a sinergia possível entre meio ambiente e desenvolvimento social. Em tempos de crise ou não, economizar com alimentação, ganhar em saúde, preservando o meio ambiente e ajudando a reduzir custos de coleta de lixo é uma grande sacada especialmente para as classes sociais menos favorecidas. A reportagem nem cita, mas nos citamos aqui uma, duas, três formas só para dar um gostinho;
– Levar o copinho consigo na bolsa ou mochila é uma ótima ideia, mas seria valioso explicar que o oferecimento de copos descartáveis só deve ser feito em bebedores voltados para público visitante. Muitas escritórios ofereciam para os funcionários e neste caso um copo de vidro (ou xícara ou garrafinha tipo Squeeze) já é uma mudança adotada com sucesso por muitas empresas Brasil afora.
Disseminar informações ambientais deve hoje em dia, ser feito com cuidado para não espantar ao invés de atrair. Práticas complexas ou que demandem muito espaço, muito investimento ou serviços que não estão disponíveis em todas as cidades acabam por repelir novos adeptos das práticas mais sustentáveis. Podem parecer legais e plásticas na TV mas pouco fazem para tornar nossas cidades locais melhores para se viver.
Saiba mais sobre o projeto Menos 1 Lixo.

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